O papel do RH entre mudanças econômicas e gestão de talentos

O RH em tempos de instabilidade econômica ganha um papel estratégico e indispensável. Em um cenário marcado por inflação persistente, juros altos e crescimento econômico instável, a gestão de talentos deixa de ser apenas uma necessidade e passa a ser fator de sobrevivência e competitividade para as empresas.

A pesquisa conduzida pela Acelera RH mostra como fatores macroeconômicos afetam o dia a dia dos profissionais e das organizações, revelando desafios e oportunidades para quem atua na gestão de pessoas.

1. Impactos da instabilidade econômica no RH

Taxas de juros elevadas, inflação e queda na atividade econômica não afetam apenas números no mercado, eles moldam estratégias de atração, retenção e desenvolvimento de talentos.
Entre os principais reflexos percebidos pelas empresas, destacam-se:

  • Revisões orçamentárias frequentes (35%);
  • Dificuldade de reter talentos pela competitividade salarial (20%);
  • Necessidade de reposição inflacionária nos salários (13%).

2. Áreas do RH mais afetadas pela economia

A área de Remuneração e Benefícios lidera a lista de setores mais impactados, seguida de Treinamento e Desenvolvimento, Recrutamento e Seleção, e Tecnologia e Sistemas.
Apesar da necessidade de corte de custos, reduzir investimentos em capacitação e bem-estar pode comprometer a sustentabilidade do capital humano a longo prazo.

3. Estratégias de RH em tempos de instabilidade econômica

As empresas têm buscado equilíbrio entre eficiência e investimento, adotando práticas como:

  • Otimização de processos via tecnologia;
  • Reskilling e upskilling para aproveitar talentos internos;
  • Renegociação com fornecedores;
  • Contratações mais estratégicas, priorizando fit cultural e competências.

4. O desafio da atração de talentos em cenários instáveis

A falta de candidatos qualificados (49%), a alta rotatividade inicial (30%) e a dificuldade de competir em remuneração (24%) estão no centro das dores das organizações.
Aqui, Employer Branding torna-se diferencial: marcas empregadoras fortes atraem e retêm talentos mesmo em contextos adversos.

5. Perspectivas do RH diante da instabilidade econômica

Apesar da instabilidade, 85% das empresas confiam na capacidade de adaptação do RH. Há intenção clara de investir em digitalização (70%) e inovação (65%), ainda que o aumento no volume de contratações seja cauteloso (30%). Tendências apontadas pelo World Economic Forum reforçam que o futuro do trabalho será cada vez mais tecnológico e baseado em novas competências, o que exige do RH uma atuação ainda mais estratégica.

6. O papel das lideranças em tempos de incerteza

Gestores precisam ser mais que administradores de tarefas: devem atuar como pilares de estabilidade e confiança, conectando a realidade econômica ao planejamento estratégico e cuidando da saúde mental das equipes.

Conclusão

O RH em tempos de instabilidade econômica enfrenta desafios complexos, mas também encontra oportunidades de inovação. Investir em tecnologia, fortalecer a cultura organizacional, apostar no desenvolvimento interno e atuar com liderança inspiradora são caminhos para atravessar o momento atual e construir equipes mais engajadas, produtivas e preparadas para o futuro.

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