O que o Quiet Quitting traz à tona?

O que o quiet quitting traz à tona
Imagem com fundo lilás e com escrita em branco "Quiet Quitting"

O termo “Quiet Quitting” viralizou recentemente nas redes sociais e tem chamado a atenção de muita gente no mundo corporativo. Na tradução ao pé da letra, o movimento significa “demissão silenciosa”, defendendo a ideia de que as pessoas exerçam apenas as suas funções de trabalho, sem se esforçar a mais do que o necessário. Ou seja, os profissionais devem cumprir apenas o que foi acordado no contrato de trabalho, sem trabalhar aos finais de semana e exceder horários ou atividades.

De acordo com dados levantados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), cerca de 2,9 milhões de trabalhadores brasileiros pediram demissão somente no primeiro semestre de 2022. Isso indica que há um grande número de pessoas insatisfeitas com as suas condições de trabalho.

Entre os principais fatores que podem levar um funcionário a pedir demissão do seu cargo e que estão contribuindo para o movimento ganhar cada vez mais força dentro das empresas, podemos destacar lideranças abusivas, salários baixos, falta de valorização e reconhecimento e a alta taxa de casos de burnout, um distúrbio emocional causado pelo esgotamento no trabalho.  

Além disso, com a pandemia da Covid-19 e o trabalho remoto, muitas pessoas passaram a sentir que o trabalho está invadindo suas vidas particulares, o que afeta o equilíbrio que deveria existir entre a vida pessoal e profissional.

Como evitar o Quiet Quitting na equipe?

Vale ressaltar que a demissão silenciosa não significa que um funcionário necessariamente deixou seu emprego, mas sim que limitou suas tarefas àquelas estritamente dentro da descrição de seu trabalho. 

Sem dúvidas, colaboradores que estão dispostos a seguir esse modelo de trabalho afetam não só a organização como também o seu próprio futuro profissional, uma vez que o aprendizado e desenvolvimento dependem da disposição para se arriscar em coisas novas e a falta de estímulo tende a estagnar o trabalhador, sem que ele cresça e alcance novos objetivos.

Aí é que entra o crescente desafio do setor de RH, que tem o papel de atrair esses profissionais e desenhar ferramentas de engajamento e desenvolvimento, para que eles possam entregar os desafios do negócio e para que se sintam motivados a ir além do esperado. 

É preciso pensar em soluções que garantam um trabalho mais saudável e produtivo para todos. A comunicação precisa ser assertiva, humana e honesta, e deve-se adotar políticas de recompensa aos profissionais de destaque, como por exemplo o aumento no salário, que indica que o profissional está entregando mais e melhor do que o padrão; a promoção para um cargo mais complexo, quando se percebe que a pessoa já está pronta para assumir um desafio maior, dentre outras premiações pontuais que mantenham o funcionário cada vez mais feliz e satisfeito com a sua função.

Ficou interessado(a) no assunto? Entenda porque bons profissionais pedem demissão.

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